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domingo, 9 de novembro de 2008


SEGREDOS
Eu os trago num pequeno baú
Bem guardados
Para que não sejam divulgados.
Que não sejam adúlteros os meu lábios
Em pronunciá-los.
Que não se precipitem os meus olhos
A publicá-los
Segredos.
Eu os sei inteiros
Tão obsoletos quanto a campânula
Em que os vejo presos
É na tinta brilhante que escorre dá caneta
Que lanço sobre a folha alva
Em dose incerta
Vestígios dos meus segredos.
Mexo e remexo o meu baú
Na salivante expectativa de que eles despertem
E com um desejo de voar intensificado.
Adquiram asas e, voando,se desintegrem.
Ou então,que saiam pela porta entreaberta.
Sigam rumo à vida(ou ao que restou dela)
Talvez,transfiguradas em borboletas coloridas
Que voam sem amarras,sem o olhar da
Sentinela!
Nazaré Varella

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