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segunda-feira, 2 de junho de 2008

VIDAS SÃO COMO RIOS

rio

No leito gemendo

Lá vai sem parar

Cai-se, se levanta

Chorando a rolar.

Não pára, é a sorte

Que rege.

É o destino.

Correndo sem rumo

é o caminho da morte!

Não pára!

Não sente

Que quanto mais corre

Mais cedo se lança

No mar, onde morre.

E a vida são rios

seu leito de dores, de quedas,

Nos leva em descida

Por vãos, por desvios,

Rolando, correndo

Qual louca corrente

Do rio da vida

Pro seio da morte.

Nazaré Varella

Niterói, 29 de julho de 1970

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